Sunday, March 29, 2015

Evolução da pedagogia


PREHISTORIA
Corresponde ao período da história que antecede a invenção da escrita
O objetivo era ajustar a criança ao seu ambiente físico e social, através da aquisição das experiências.

4milhões a 10mil a.C

A educação dos jovens, nesta fase, torna-se o instrumento central para a sobrevivência do grupo e a atividade fundamental para realizar a transmissão e o desenvolvimento da cultura.
Através da imitação, ensina ou aprende o uso das armas, a caça e a colheita, o uso da linguagem, o culto dos mortos, as técnicas de transformação e domínio do meio ambiente.

Neolitico 10mil a.C

Se assiste a primeira revolução cultural: cria-se uma divisão do trabalho cada vez mais nítida entre homem e mulher e um domínio sobre a mulher por parte do homem depois de uma fase que exaltava a feminilidade no culto da Grande Mãe, com associação desta ao poder de dar a vida.




























Gecia Antiga 1100 a.C. a 146 a.C.

Neste período as crianças viviam a primeira infância em família, assistidas pelas mulheres e submetidas à autoridade do pai; a infância não era valorizada, era uma idade de passagem.

A transmissão da cultura grega se dava também, através das inúmeras atividades coletivas (festivais, banquetes, reuniões). 
A escola ainda permanecia elitizada, atendendo aos jovens de famílias tradicionais da antiga nobreza ou dos comerciantes enriquecidos; o Pedagogo - um escravo especial - era escolhido para os orientar.  

Esparta e Atenas deram vida a dois ideais de educação: 
um baseado no conformismo que visava formar soldados e cidadãos leais, outro na concepção de Paidéia que tem como objetivo geral construir o homem como homem e cidadão, que considerava importante a formação intelectual.

Além do ensino ser ministrado nas escolas era também comum a apreensão de conhecimentos em atos sociais, como banquetes, palestras e o convívio na Ágora.

Epoca Hellenistica:
se delineia uma cultura cada vez mais científica.
A Paidéia no período helenístico pode ser compreendida como uma orientação de vida.
Os “novos” educadores, além de ensinar o homem a especular em forma da verdade, buscavam enfatizar que era preciso aprender a viver de forma virtuosa, por isso, a transmissão e a prática dos valores tornou-se o conteúdo primordial das escolas nesse período.
Os principais educadores gregos foram Sócrates, considerado o grande educador da história, Platão e Aristóteles. 
O respeito das palavras dos "velhos" é a base da escola deste tempo.

Periodo Romano

A educação na Roma arcaica teve, sobretudo, caráter prático, familiar e civil, destinada a formar em particular o civis romanus; os civis romanus era, porém, formado antes de tudo em família pelo papel central do pai, mas também da mãe, que gradativamente, tenha conquistado maior autonomia. 
Foi a partir do século II a. C. que em Roma também se foram organizando escolas segundo o modelo grego.
Só no século I a. C. é que foi fundada uma escola de retórica latina, que reconhecia total dignidade à literatura e à língua dos romanos. 
Pouco tempo depois, o espírito prático, próprio da cultura romana, levou a uma sistemática organização das escolas, divididas por graus e providas de instrumentos didáticos específicos (manuais). 
Existiam também, escolas para os grupos inferiores e subalternos, embora menos organizadas e institucionalizadas; eram escolas técnicas e profissionalizantes.

Periodo Medieval

A educação era desenvolvida em estreita simbiose com a Igreja, com a fé cristã e com as instituições eclesiásticas que – enquanto acolhiam os oratores – eram as únicas delegadas  a educar, a formar, a conformar.
Não havia liberdade de expressão e todas as disciplinas eram influenciadas pela igreja sem nenhuma tolerância.

Universidades 1250 dC

A partir de 1250 nascem as primeiras universidades; se passa a fazer referência ao estudo universal do saber, ao conjunto das ciências, sendo o nome studium generale substituído por universitas.

Renascimento siglo XIV a XVI

Conhecido como o século das luzes, desperta grande interesse pela educação grega e romana.
Para se lançar ao conhecimento do mundo e às coisas do homem, o movimento renascentista elegia a razão como a principal forma pela qual o conhecimento seria alcançado. 
Os humanistas rejeitavam os valores e a maneira de ser da Idade Média e foram responsáveis por conduzir modificações nos métodos de ensino, desenvolvendo a análise e a crítica na investigação científica.

Periodo moderno

A partir do século XVII a escola, assim como a infância assumem um ponto central na vida das pessoas. Fornecer uma formação adequada e em maneira igual entre todos os filhos, inclusive as mulheres, se torna prioridade das famílias.
Com a instituição do colegio, a escola não se propõem somente o ensino de matérias mas também a disciplina (Ratio studiorum) buscada pela sua eficácia, como condição necessária do trabalho em comum, mas também por seu valor próprio de edificação.
É introduzido o conceito de exame final, instrumento de controle do saber do individuo. 

Revolução Industrial 1780 dC

Com o inicio da Revolução industrial as mulheres começam a trabalhar, criando-se assim a necessidade de instituir jardins de infância. A educação em período infantil não é mais exclusividade das famílias e desde os primeiros anos as crianças são introduzidas ao conceito de colaboração indispensável no futuro ambiente de trabalho, as industrias.

Owen, rico industrial da época, se transformou em um dos mais importantes socialistas utópicos. A partir da observação da sociedade percebeu que a maioria das pessoas trabalhava e vivia em péssimas condições de higiene e moradia, por isso achou necessário atuar uma transformação em sentido moral, politico e social. Baseado sobre o conceito que para ter uma sociedade forte é necessário uma base forte e considerar a educação como o produto do condicionamento por parte dos agentes externos onde o sujeito vive (ambiente social). A partir disto ele percebe a necessidade de modificar o ambiente e em maneira mais utópica a sociedade.
Cria o primeiro jardim infantil em uma fabrica e a primeira cooperativa.


Periodo Neo Contemporaneo

Montessori

As escolas montessorianas incentivam seus alunos a desenvolver um senso de responsabilidade pelo próprio aprendizado e adquirir autoconfiança. As instituições levam em conta a personalidade de cada criança, enfatizando experiências e manuseios de materiais para obter a concentração individual e o aprendizado. Os alunos são expostos a trabalhos, jogos e atividades lúdicas, que os aproximem da ciência, da arte e da música.

Construtivista

Inspirado nas idéias do suíço Jean Piaget (1896- 1980), o método procura instigar a curiosidade, já que o aluno é levado a encontrar as respostas a partir de seus próprios conhecimentos e de sua interação com a realidade e com os colegas.
O construtivismo propõe que o aluno participe ativamente do próprio aprendizado, mediante a experimentação, a pesquisa em grupo, o estimulo a dúvida e o desenvolvimento do raciocínio, entre outros procedimentos. A partir de sua ação, vai estabelecendo as propriedades dos objetos e construindo as características do mundo.

Waldhorf

A Pedagogia Waldorf se baseia na Antroposofia (gr.: antropos = ser humano; sofia = sabedoria).
O ensino teórico é sempre acompanhado pelo prático, com grande enfoque nas atividades corporais, artísticas e artesanais, de acordo com a idade dos estudantes. O foco principal da Pedagogia Waldorf é o de desenvolver seres humanos capazes de, por eles próprios, dar sentido e direção às suas vidas.
Predomina o exercício e desenvolvimento de habilidades e não de mero acúmulo de informações, cultivando a ciência, a arte e os valores morais e espirituais necessárias ao ser humano.

Tradicional

As escolas que adotam a linha tradicional acreditam que a formação de um aluno crítico e criativo depende justamente da bagagem de informação adquirida e do domínio dos conhecimentos consolidados.
Não existem atividades práticas que permitem aos alunos inquirir, criar e construir. Geralmente, as aulas são expositivas, com muita teoria e exercícios sistematizados para a memorização.